receita via Elizza di Biazzi, no livro "Recursos para uma vida natural". Segue, primeiro, a receita copiada do livro, com suas lacunas e mistérios, e depois a versão de como eu a fiz [e não venham me dizer que não deu certo porque troquei o leite de castanhas por leite... ou porque acrescentei farinha de trigo... aliás, acho que foi o que salvou o bolo de virar um tijolo impossível de ingerir e ir inteiro para o lixo. A deliciosa geléia de tangerina da minha mãe (receita aqui em breve) fez o bolo ser consumido inteirinho, no fim das contas. Mas não faço mais esta receita!
Ingredientes:
1 kg de trigo
2 colheres de fermento para pão
1/3 de xícara de óleo de canola
leite de castanhas suficiente para deixar a massa pegajosa como para kuquen (+- duas xic)
4 colheres de mel
2 xícaras de banana nanica amassada
1 colherinha de baunilha
1 colher de sopa rasa de sal
passas, se desejar
Modo de fazer
Junte ao trigo o leite e o fermento. Acrescente todos os outros ingredientes, misture bem e deixe crescer por meia hora. Em seguida, bata bem. Coloque em forma untada em lugar aquecido para crescer. Asse em forno quente.
Agora, a minha experiência ao preparar esta receita:
Separei todos os ingredientes. Comecei a ler: epa! pera lá! Juntar o trigo, assim, seco, puro, não cozinha, não põe de molho, nada? ou a receita tá mal escrita, ou dona Eliza acha eu sou um animal adaptado a comer grãos crus; bom, continunando: com alguma resistência mas persistindo e com muita fé que ia funcionar e que eu não perderia toda esta comida, misturei o leite e o trigo puro; só que com um detalhe: usei um pouco de trigo, e um pouco de farinha de trigo, porque o trigo puro não dava ponto de massa de jeito nenhum. E também usei leite bovino mesmo, porque leite de castanhas, das duas uma: ou dá um trabalho hercúleo fazer em casa, ou custa os olhos da cara no supermercado (mais barato comprar o bolo de banana já pronto que uma caixinha de 1 litro de leite de castanhas!).
Ok, deixei "crescer". Claro, como você já pode adivinhar, não cresceu nada. Insisti na receita. Misturei o restante dos ingredientes, bati tudo, inclusive, com meu mixer trocado por pontos no cartão de crédito - meu mais novo brinquedo! - e deixei dentro do forno, que estava morno, para crescer. Novamente, não cresceu.
Resumo da ópera: assei o bolo e apesar de não ter crescido muito, ficou até bonito, como dá pra ver nas fotos. Porém o trigo não chegou a cozinhar durante o tempo de forno, continuando duro e praticamente inteiro (precisa ver como é difícil quebrar grãos crus de trigo, mesmo com o mixer!) o que salvou de ficar uma espécie de pé-de-moleque de banana foi a farinha que eu acrescentei à receita, por minha conta e risco... marido comeu UM pedaço e agradeceu, "satisfeito". [em contrapartida do bolo de mel, que costuma acabar no mesmo dia, se bobear antes de esfriar!]
Eu ainda insisti, por puro dó de jogar todo aquele alimento fora, e admitir ter perdido todos os ingredientes!
A salvação veio com a geléia de mexerica de mamãe... passamos nas fatias e mandamos ver! Mas fica para uma próxima.